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Colar pedrinhas no mapa foi um modo criativo encontrado para representar cordilheiras e regiões montanhosas.
Débora Zórnio é professora de Geografia na Escola Estadual Pedro Brandão dos Reis, no município de José Bonifácio (SP). Em certa ocasião, ela encontrou dois alunos deficientes visuais procurando procurando por algo na biblioteca da escola em que leciona.
Os dois garotos estavam em busca de material para o estudo de mapas e países, claro que adaptado ao braile ou algum outro sistema que pudesse incluí-los como receptores daquele conhecimento. Não havia nada!
“Perguntei para eles: ‘Vocês acham que todos os países são do mesmo tamanho?’ Responderam sim”, conta Débora. Foi aí que ela resolveu assumir a missão de dar àquelas crianças o direito de aprender geografia como um aluno qualquer . “Vou ajudá-los e entenderem sobre países, deixa comigo!”, brincou (falando sério) a professora.

Ensino com criatividade

Como codificar mapas para que aqueles garotos pudessem compreendê-los? A questão ficou martelando na cabeça de Débora, que com muita criatividade, passou a inventar maneiras e materiais para transmitir as informações.
Os mapas ganharam contorno em alto-relevo para que pudessem ser tateados pelos garotos. Foram também utilizadas etiquetas em braile com nomes de países e continentes. A partir disso, cada mapa começou a ganhar mais e mais conteúdo.
“Hoje eles já navegam facilmente pelos mapas, já absorveram muita informação sobre países. E as aulas continuam.”
A professora Débora conta que recebe ajuda de suas alunas voluntárias que estão na mesma faixa etária dos garotos (eles estão no 6º ano do ensino fundamental).

Maquetes para crianças com deficiência visual
A construção de maquetes ajuda a ampliar os conhecimentos das crianças.
Aula de geografia para crianças cegas
Mapas ganham contorno em relevo e etiquetas em braile.
Débora em uma de suas aulas de cartografia.
Débora em uma de suas aulas de cartografia.